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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Évora acolheu debate sobre respostas às toxicodependências

Évora acolheu o segundo encontro nacional de capacitação das respostas da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) às toxicodependências, realizado sexta-feira e sábado no Palácio D. Manuel.


Depois de um primeiro encontro realizado em Braga, no passado mês de Maio, esta iniciativa em Évora deu continuidade ao trabalho já realizado. "Estes encontros são acções de terreno da CVP de um projecto de cooperação internacional, chamado «Improving harm reduction strategies in Europe: a Red Cross approach»", explicou Miguel Lago, coordenador nacional do projecto.

Segundo referiu, "os destinatários destes encontros são essencialmente profissionais e voluntários envolvidos em actividade de resposta à toxicodependência, nos mais variados eixos, desde a prevenção à reinserção social, passando pela redução de danos e pelo tratamento".

Miguel Lago destacou que "temos projectos em todo o país que desenvolvem este trabalho, sendo o objectivo do encontro a partilha de experiências e de boas práticas entre delegações da CVP que trabalham neste âmbito".

Acrescentou ainda que "como é uma área onde o trabalho de parceria é fundamental, o encontro também contou com a presença desses parceiros", realçando o coordenador que "o nosso maior parceiro é o Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT)".

O projecto de âmbito internacional congrega sociedades nacionais de vários países europeus. "O que nós estamos a fazer nestes encontros nacionais já fizemos em termos internacionais, com uma equipa que participou em formação especializada, em Roma e em Paris", esclareceu o mesmo responsável.

Miguel Lago explicou também o que diferencia o trabalho da CVP na área das respostas às toxicodependências. "A primeira grande valência é a própria essência da instituição, já que a CVP não é ente público, nem ONG (Organização Não-Governamental). A CVP é auxiliar dos poderes públicos, mas independente, sendo um terceiro pilar da sociedade civil".

Outra grande valência nesta área é "o nosso carácter voluntário", assumiu. "Além da vertente técnica e profissional, todos os nossos projectos têm uma forte componente de voluntários (pessoas da comunidade) que participam nestas acções. Isto traz uma perspectiva única e muito diferente ao trabalho, sendo uma valência mais humana e de proximidade", garantiu o coordenador.

De acordo com Miguel Lago, "a CVP tenta colmatar as áreas e os problemas que o serviço público deixa livre", exemplificando que "o serviço público tem centros de atendimento aos toxicodependentes das 9 às 17 horas; a CVP tem centros de atendimento que se especializam para trabalhar depois das 17 horas".

No que diz respeito ao trabalho desenvolvido na delegação de Évora, o mesmo responsável referiu a existência do projecto "Abrir Caminho", que é "um projecto de prevenção, selectiva e indicada, dirigido a crianças e jovens em risco".

Susana Gouveia é a coordenadora desse projecto, que "tem um trabalho muito forte e muito importante nas escolas, cujo paradigma fundamental é a construção de competências", frisou Miguel Lago.

Sublinhou ainda que "não é uma prevenção a dizer «tu não podes ou não deves fazer isto», mas a dizer que «vamos dar-te ferramentas para que possas decidir o que é melhor para ti». Damos enfoque à vida da pessoa, que assume as suas consequências, mas apontando consequências a curto prazo".

Miguel Lago assegurou ainda que a escolha de Évora para a realização deste encontro esteve relacionada com "esta ser uma delegação de referência a nível nacional". Disse ainda que "foi escolhida pela capacidade que encontramos na sua estrutura e nos seus recursos humanos para replicar na zona Sul os conhecimentos que foram adquiridos na fase de formação, a nível internacional".

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