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sábado, 19 de fevereiro de 2011

“A minha experiência como voluntária na Juventude"


Inês Sarmento

Sempre tive alguma aspiração a entrar num serviço de voluntariado. Lembro-me de ler um livro em que um rapaz fazia serviço de rua e acabei a pensar “um dia vou ser assim”. Passaram-se anos, e entre escola e outras actividades, acabei por deixar esse desejo para segundo plano. Só me voltei a recordar dele quando me senti verdadeiramente inútil, passando tardes deitada no sofá a ver notícias como “Terramoto no Haiti faz mais de 100 mil mortos” bombardearem a televisão a cada cinco minutos. Foi esse o meu instinto de partida.

 Comecei por procurar. Tinha alguma ideia dos serviços que a Cruz Vermelha prestava, mas nada que se comparasse ao que ela realmente nos oferece. Na verdade, o único motivo que me levou a preferir esta a outra qualquer instituição foi não estar vinculada a nenhuma ordem religiosa. E nisso estava certa.

Fui então a uma entrevista de esclarecimento onde me apresentaram inúmeros e variados projectos. O meu primeiro pensamento foi: “E agora? Tenho mais de três projectos em que quero participar. Qual é que escolho?”. No entanto, a decisão não foi assim tão difícil, tendo em conta todas as variáveis que estão associadas aos projectos: a disponibilidade horária, o tempo despendido em cada um, as características da população abrangida, etc.

“Colorir o Sábado” foi o que escolhi. E a partir desse dia posso dizer que a minha vida mudou. Parece cliché, eu sei, mas é mesmo isso que sinto. Entre tantas outras vantagens, ser voluntária permitiu-me polir as arestas da minha personalidade; tornar-me uma pessoa mais activa e assertiva; conhecer pessoas maravilhosas (muitas das quais posso já dizer que são minhas amigas); despir-me de preconceitos; ser capaz de sentir prazer em dar, por dar, sem a expectativa de recompensa mas com a certeza absoluta de que vou ser recompensada, no mínimo por um sorriso, uma mão quente ou um pedido de abraço. Ser voluntária permitiu-me crescer. Crescer tanto!

Sem mais rodeios e parcimoniosamente, para mim ser voluntária é aquilo que me tira da cama às oito e meia da manhã de Sábado, com os olhos enremelados e uma grande vontade de dormir só mais um bocadinho. Mas com um enorme sorriso no coração e a certeza que vou para onde quero ir. “

Inês Sarmento

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