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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Obrigada JCV

Foi numa tarde: cálida em que chovia e o outono anunciava a sua despedida, que (eu) envolvida pelo som de Adriana Calcanhoto, e a sua poesia de inverno, fui assaltada por agradáveis memórias. Já não estou mais no meu aconchegante sofá, mas antes: numa praia, numa rua, a dançar, cheiro maresia, sorrisos cúmplices. Embriagada por uma tranquilidade nostálgica, vasculho entre alguns álbuns - o ambiente tornara-se propicio – e fotografias do Trashore não tardaram a surgir.
Não sei ao certo qual o sentimento que me invadiu naquele momento: melancolia, contentamento, ausência: talvez. Ausência: das gargalhadas, dos olhares de soslaio, da partilha; acima de tudo de viver o hoje, o agora: sem crise económica, sem desemprego, sem aquilo e aqueloutro; sermos autênticos, simplesmente: ser-se. Tinha passado pouco mais de um mês, sim, um mês, após terminado o Trashore. Poderia descrever dia após dia, mas julgo que o mais importante foi o que restou, o que ficou depois de 15 dias vividos com grande intensidade. Das diversas atividades, das longas e inebriantes conversas, das brincadeiras: perduram, agora, diversos sentimentos. Relativamente ao meio ambiente, um acutilante sentido de compromisso - um sentido de dever. Responsáveis somos (todos), e todos temos o extremo dever ético: de o preservar, de o proteger, de o salvaguardar – através de uma atitude pragmática e incisiva.
É certo, que para falar é necessário o conhecimento da língua, mas também é certo que para comunicar basta (apenas) vontade. Vontade de partilhar, vontade de conhecer, vontade de aprender. Laços intensos entre pessoas que não falavam a mesma língua, foram-se estreitando dia após dia, cuja a cumplicidade nos gestos deixava antever. Um escritor escreveu um dia que (chegar) é um estado transitório entre dois partires; tudo acaba no chegar - e quando chegamos a Braga, o Trashore terminou. No primeiro dia que se seguiu: um silêncio estrondosamente ensurdecedor. Já não se ouvia o barulho, no corredor, ao acordar; já não sentia o cheiro a mar; já não se falava inglês. O tempo correra depressa demais. De repente estávamos em Braga, em casa, de volta ao estudo, de volta ao trabalho – certos de que o ambiente vivido não se repetiria. Mas seguramente muito mais enriquecidos, emocionalmente preenchidos.
Mentiria se escrevesse que é saudade o que não sinto. Obrigada JCV, por esta oportunidade; obrigada aos companheiros de viagem que foram surpreendentemente fantásticos, acredito que sem eles, esta experiencia não teria sido tao gratificante.
Maria José Pires

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