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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Diário de bordo: dia 10 – A difícil despedida…


É o último dia em Ankara. Até custa escrever. Hoje o dia foi reservado para fazer um balanço dos 10 dias passados neste Youth Exchange. Reuniram-se todos na sala principal para que todos falassem abertamente da sua experiência no projecto. Infelizmente não estive presente nesse momento pois fiquei responsável de editar o anúncio publicitário da organização que nos recebeu em Ankara, a Toy Library. Este trabalho foi desenvolvido no âmbito do grupo de publicidade e foi inteiramente pensado e, posteriormente filmado por nós. Tive imensos problemas no que respeita a edição devido ao acesso à Internet no hotel e a outras questões de carácter tecnológico, por isso, ficou combinado que assim que chegar a Portugal irei terminar e enviar ao Anil.

Este pequeno percalço até foi positivo porque me pude juntar ao grupo para participar da avaliação do projecto. Um dos exercícios feitos consistiu em avaliar várias áreas do mesmo, a comida, a organização, os diferentes workshops, entre outros. O resultado não variou muito dentre os participantes. A alimentação foi sem dúvida o ponto baixo desta nossa estadia em Ankara, mas tudo o resto conseguiu sobrepor-se a esse pequeno/grande problema, principalmente para mim que passei mal durante uns dias. 

Seguiu-se o almoço. Uma das últimas refeições naquele hotel. Foi um misto de felicidade e de saudade. Apesar de a comida ser inegavelmente péssima e demasiadamente condimentada, foi ali que passei grandes momentos de convívio com os vários participantes de diferentes países.

Durante a tarde, deu-se continuidade ao que se tinha feito de manhã. Foi também um momento de entrega dos diplomas de participação. Para ser um pouco mais dinâmico e diferente, a entrega destes foi feita pelos participantes aos participantes. O cenário era o seguinte: uma mesa repleta de diplomas virados ao contrário. Um participante retirava um à sua escolha e depois lia o nome do participante que lhe tinha saído na rifa. Resultado: muita gargalhada à mistura, isto porque ler nomes que nos são completamente estranhos, resulta numa leitura quase impossível de ser perceptível. Todos os nomes da equipa portuguesa foram pronunciados com um sotaque espanhol. Quando um participante da Hungria leu o meu nome, já era de esperar que o meu apelido Gonçalves ia ser lido Gonzalez. Tal e qual o que se sucedeu. Fomos também motivo de chacota pelo facto de termos 4 ou 5 nomes, pois normalmente nos outros países só existe o primeiro nome e o último.

De seguida, chegou a tão esperada conclusão do jogo lançado no início do projecto - “The Secret Friend”. Não sei se eu ou a Paula já vos tínhamos contado, mas de forma muito resumida, cada participante tinha um amigo secreto que, tal como o nome o indica, não se sabe quem é, sendo que o objectivo consistia em ir deixando pistas e presentes ao tal amigo até que eventualmente o descobríssemos.

A noite foi dedicada à festa de despedida e à exibição da coreografia feita pela Beril, a responsável pelo workshop “Creative dance through creative drama”. A Paula pertencia a esse grupo e a performance não podia ter sido melhor. Atrevo-me até a dizer que pareciam profissionais de longa data.  Terminamos a festa com muita dança e conversa. Eu e a Paula fomos as primeiras participantes a abandonar a cidade de Ankara durante a madrugada. Foi uma despedida difícil pois criaram-se laços fortes durantes estes 10 dias. Agora, quem sabe no futuro os possamos receber no nosso país. 

Maria Ferreira

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