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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Diário de Bordo: dia 2 - Tuga que é tuga faz a festa em qualquer lado!

O segundo dia iniciou-se com a abertura oficial do projecto. O Anil (diz-se "ànele") - o responsável pela organização do training - começou por dar-nos as boas-vindas, e por explicar como iriam decorrer os próximos dias em Ankara. A euforia de todos os participantes fez com que ele tivesse de tomar uma posição. Qual não foi o meu espanto quando ele num tom de voz mais elevado diz: "HEY! OH! SHHHH!". Portanto, sempre que as atenções estiverem noutro sítio, o líder de determinado grupo só tem de gritar "HEY" e nós "OH" e "SHHH" e é remédio santo para que todos fiquemos em silêncio.
Como somos cerca de 60 participantes, somos divididos em vários grupos, para facilitar as actividades, e os grupos vão-se deslocando para diferentes locais do hotel, onde se está a realizar o training. Nessa manhã, o sótão ficou-me destinado e o líder do nosso grupo foi o Rúben, um dos nossos colegas de equipa. As actividades consistiram em tentar conhecer-nos e a aprender um pouco sobre cada um, assim como uma forma de nos desinibirmos e nos sentirmos mais confortáveis. Fizemos vários jogos para aprendermos o nome de cada elemento do grupo e fartámo-nos de exercitar. Foi uma manhã muito divertida!

De seguida, foi o nosso primeiro contacto a sério com a comida turca. As minhas expectativas eram altas, pois já tinha ouvido dizer que a comida deles era óptima, e que nunca havia espaço para ficarmos com fome. Isso não se verificou. Chega-nos à mesa uma sopa condimentada e um prato de arroz com salada de tomate, e mais nada. Depois do almoço fomos tentar cambiar dinheiro, mas a loja estava fechada, por isso, decidimos dar uma volta pelo centro da cidade. Fomos até a um centro comercial chamado "Kizilay" (que, mais tarde, viemos a descobrir que significa Crescente Vermelho), e deparámo-nos com o controlo à entrada, com detetores de metais e scanner de bolsas - como nos aeroportos - o que me foi estranho pois em Portugal qualquer pessoa é livre de entrar num espaço público, sem necessidade de ser revistada. 

Como nessa noite se ia realizar a noite intercultural portuguesa e romena, faltavam-nos algumas coisas para cozinharmos as nossas especiarias, nomeadamente álcool medicinal para assar as chouriças, mas terminámos por assá-las com vodka, porque todos os sítios que percorremos não tinham à venda aquilo que pretendíamos.

Como típicos portugueses que somos, não nos podia faltar o cafézinho depois do almoço. Estivemos num café muito simpático, e fomos motivo de conversa por parte dos empregados de mesa, que estavam bastante entusiasmados com o facto de sermos portugueses.
Durante a tarde, fomos também divididos por grupos e estivemos a determinar as regras do projecto e, no fim, juntámo-nos todos e construímos as regras oficiais que devemos seguir à risca durante todo otraining.
Uma das coisas que temos de fazer diariamente designa-se por período de avaliação. Pequenos grupos dão o seu feedback, expressam os seus problemas e aquilo que deverá ser melhorado.

O jantar começa cedo, por volta das 18h45. Esperava-nos uma refeição um tanto ou quanto desconhecida para nós: massa com iogurte a acompanhar.

A noite era ainda uma criança e o espírito tuga estava pronto para entrar em acção. Cada elemento da nossa equipa ficou encarregue de trazer algo típico de Portugal. Eu trouxe queijo da serra à acompanhar com marmelada caseira e um cd do Quim Barreiros. A Paula trouxe a nossa saborosa chouriça. O Gonçalo (o líder do nosso grupo) encarregou-se de trazer o nosso vinho de excelência: o vinho do Porto. A Marta trouxe as nossas bolachas Paupério e a Ana que veio directamente de Viena trouxe os galos de Barcelos. Já o Ruben e a Rita que estão a fazer SVE na Ucrância ajudaram na confecção das chouriças e na animação musical.

Como era de esperar, preparamos tudo em 15 minutos antes de se iniciar a noite intercultural e o resultado não podia ter sido melhor: todos adoraram a nossa gastronomia e divertiram-se à grande a dançar a famosa 
"Cabritinha" do Quim Barreiros. Foi sem dúvida uma noite inesquecível.  A noite também foi dos romenos, mas no final das contas, nenhuma comida se iguala à nossa. E ninguém, absolutamente ninguém, faz mais festa que um português. E nós somos 7...

Maria Ferreira

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